Coisas que aprendi com Zé Celso Martinez Corrêa ao longo dos últimos anos:
- Ficar completamente nú frente a uma câmera gravando não arranca pedaço.
- As fezes são uma das coisas mais sagradas e incompreendidas do mundo.
- É completamente normal ser tarado por transa e é isto boa parte da essência.
- A arte pode realizar as mais perversas vinganças doutro modo jamais praticáveis.
- O sonho agreste de unificar todas pátrias e credos no seio do amor não morreu.
- É possível viver uma vida mitológica orgástica e saudável em realismo fantástico.
- Muitas vezes não é aquela baita gostosa peladona que mais faz entender a cena.
- Nosso medo é nosso ódio por nós mesmos por não metermos a mão na boa massa.
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Pra quem nunca ouviu falar, vá sabendo que é o elo da corrente ainda firme do legado andradeano e afim da chamada Antropofagia Brasileira de Letras, que também claro acabou se aplicando a todas esferas espirituais de nossa pátria desmamada. Conheci o terreiro eletrônico em época que gravavam os DVDs de Os Sertões, o descabaçamento foi em Homem parte 2, e fui cara de pau com peroba na linha de frente dos Adãos da suprema musa Eva Guilhermina! Mas já havia atravessado o reveillon daquele ano despido de ceroulas ao mar do sul paulistano, por sorte de perderem-me minhas roupas enquanto eu mergulhava, ao invés de pular padronizadas ondinhas, à título de explicações; enfim, voltar pra casa pela praia coisa de meio quilômetro em sangue frio em paisagem só semi deserta só coberto da pelugem máscula, já havia sido desafio suficiente nesse sentido, então a estréia no oficina foi bem natural pra mim.
Na tal virada de ano vale dizer que o caríssimo irmão Hoffman me visitava tranquilo, e depois de escapar sem roupa da água, me aqueci em grupos de velas que tinham sido deixadas em oferendas à Yemanja; uni-as, às vezes seis, sete velas, agrupava todas do bucaro numa só e me requentava até secar, pululando daqui àli pela orla crocante da madrugada como recém-renascido da grande mãe de molibdênio.
Para mais detalhes sobre esta última palavra estronchíssima, pesquise algo sobre o grande 42. Sim, quarenta e dois, o que já é bem entendido como a grande resposta sobre o universo, a vida e tudo mais. Se não acreditam em mim, que tal um link oficial do Wikipedia? Dá-lhe:
Pra quem já está com saudades, fica um último link, onde se pode assistir a uma apresentação muito especial da nossa querida Tapa Na Pantera no último aniversário do Zé lá no oficina. Só clicar na foto abaixo, que aliás é um snapshot dum breve instante em que eu apareço no vídeo, afinal, não podia deixar de ser, eu estava bem ao pé dela a canção toda, comociado, saudoso como um velho marujo bêbedo:
Te vejo por aí, grato pelo tempo consumado em comunhão!
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